Já falamos sobre meritocracia aqui no blog, mas como complemento da discussão do webinar de Remuneração Variável (que você pode assistir na íntegra por aqui), achamos importante retomar alguns conceitos.
Você consegue visualizar a diferença existente entre meritocracia e colaboração? Modelos de remuneração variável, ou as chamadas políticas de ICP, podem abranger as duas vertentes, porém uma é mais vantajosa que a outra.
Atuação do time executivo
Executivos podem (e devem) olhar com atenção para a formação dos times de trabalho, porque isso é o que define se a empresa caminhará alinhada ao propósito.
Claro que há um departamento de recrutamento e seleção destinado a essa tarefa, mas um executivo que se preocupa com a composição de membros da equipe, preenche muito mais do que cadeiras. Encaixa propósitos.
“Contratar as pessoas certas pode até custar caro, mas escolher as erradas traz muito mais prejuízo! Os processos seletivos determinam parte do tamanho desse gasto, por isso, alinhar os propósitos é mais barato e mais eficiente”, explica nosso diretor-presidente, Robinson Carreira.
“Queremos reconhecer o mérito dos nossos colaboradores”
Muita gente fala sobre a importância de reconhecer os colaboradores por meio da avaliação de méritos. Isso é bem comum nas empresas, mas precisamos dizer que há muitas desvantagens nessa escolha, porque uma organização não funciona sem sinergia.
“Num jogo de futebol, não basta investir e valorizar apenas o artilheiro. O gol é construído muito antes, com a ajuda de muitos jogadores. Para ganhar o campeonato, é preciso pensar em colaboração. Sem isso, como o zagueiro vai entender que também é importante e precisa colaborar, se o mérito vai todo para o atacante?”, exemplifica Robinson.
Nas empresas, esse pensamento de meritocracia gera o que chamamos de soma zero: para um colaborador obter 1 ponto (seja reconhecido), é preciso que outro tenha -1 (ou seja, não marque pontos). Isso é modelo de comparação, “para eu ganhar, você tem que perder”.
Reflexo da meritocracia em times comerciais
Times comerciais, às vezes, fazem isso com as comissões. Criam modelos de recompensa que se transformam em meios de competição e, cada colaborador, passa então a trabalhar, individualmente, pela sua meritocracia.
As comissões são incentivos de extremo curto prazo e, se não pensadas em um modelo de variável consistente, faz com que o profissional batalhe todo o mês para “se garantir” e vai fugir do ideal de gestão estratégica para vendas. Isso limita o time.
Mudar esse pensamento depende bastante da visão da empresa. Para onde se deseja navegar? O colaborador não pode assumir o leme sozinho. Isso está ligado à filosofia, ao propósito. Falamos sobre isso aqui e aqui.
Entendimento de propósito é primordial
Invista um tempo para investir no tema! Nós sempre dizemos aqui: alinhar o propósito define rotas seguras.
“Num projeto de variável, dedicamos até mais de 30% do tempo discutindo propósitos. Não tem jeito! Se os objetivos não estiverem claros, não adianta ter um cálculo correto de variável, porque o resultado não vai ser satisfatório”, completa Robinson.
Um bom trabalho técnico, com os cálculos de ICP bem estruturados, não tem aplicabilidade se não houver entendimento e envolvimento com o propósito.
Tem mais dúvidas sobre meritocracia e remuneração variável? Acesse esse PDF com as perguntas e respostas debatidas durante o webinar de ICP.