Tabela salarial: respondemos a 3 principais dúvidas
Uma tabela salarial, quando bem estruturada, pode trazer benefícios para a saúde financeira da empresa, ajuda a evitar a alta rotatividade e a manter os profissionais motivados.
Mas equilibrar tanto os interesses da organização quanto dos colaboradores é um desafio complexo para o RH. Então, ficam as perguntas: qual é a melhor forma de atualizar a tabela? O ideal é fazer isso por grupos ou níveis de cargos? O que deve ser considerado?
A Consultora Estratégia Remuneração da Carreira Muller, Vanessa Ferraz, é quem nos ajuda a responder essas questões. Acompanhe o conteúdo para saber como ter a melhor tabela salarial para sua empresa.
Qual a melhor forma de atualizar a tabela salarial?
Não há dúvida: a melhor forma de atualizar a tabela está em observar os dados do mercado, a partir de um painel selecionado com empresas que fazem sentido para o contexto do seu negócio: mesma região, faturamento, nicho, etc.
Com esse painel específico, é possível confrontar dados de uma tabulação atual com os de uma anterior para chegar a um índice de evolução de mercado.
Vale ressaltar que esse índice geralmente é diferente do disposto no acordo coletivo. Inclusive não recomendamos aplicar o acordo coletivo, que até poderia funcionar por um curto período de tempo, mas depois acaba inflacionando a tabela. Então, fica um alerta: basear a tabela salarial apenas no acordo coletivo pode ser um equívoco: o acordo é linear; o mercado, não. O ideal é aplicar o acordo coletivo nas pessoas.
Tabela salarial: atualização por grupos ou níveis de cargos?
Nem uma, nem outra. O ideal, na verdade, é que a atualização seja feita cargo a cargo. Ou seja, observar a faixa salarial de cada cargo praticada pela sua empresa e fazer um comparativo com o mercado. Esse olhar para fora da organização é uma das maneiras mais produtivas de entender sua competitividade – e, consequentemente, de reduzir o turnover e atrair talentos.
Vamos supor que o cargo de analista financeiro da sua empresa esteja na faixa de R$ 4.000,00. No entanto, o mercado aponta para uma referência de R$ 5.000,00, o que demonstra uma evolução. Nessa situação, o que você faria: aplicaria essa diferença percentualmente à tabela salarial para chegar na referência de mercado ou analisaria todos os cargos para obter uma média de evolução e, assim, aplicar esse índice?
O recomendável é seguir pela segunda opção, porque nem todas as áreas seguem a mesma tendência – nem todos os analistas evoluem da mesma maneira, por exemplo. É como diz Vanessa Ferraz, temos que ser “assertivos conforme a área”.
O que considerar na hora de atualizar sua tabela salarial?
Alguns fatores externos devem ser levados em consideração na hora de montar a tabela salarial. Sobretudo nos últimos anos, com a pandemia da Covid-19, a retração do mercado, a incerteza política e as demissões em massa.
Nesse sentido, Vanessa recomenda considerar dois aspectos para atualização da tabela salarial:
- evolução de mercado: já dissemos antes, mas vale repetir que é fundamental ter uma pesquisa salarial a fim de ver as movimentações reais do mercado. Sabemos que é possível atualizar uma tabela sem isso, mas há risco de se ter salários desequilibrados.
- analisar a tabela praticada pela empresa: muitas vezes, a tabela que a empresa usa como balizadora já está acima do valor de mercado. Nesse caso, nossa sugestão é congelar os valores ou aplicar uma correção menor do que a encontrada no índice de evolução.
Quer saber um pouco mais sobre o assunto? Assista ao episódio 35 do ConsultAqui.
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