Recentemente divulgamos aqui no nosso blog um texto que abordava os resultados de um estudo realizado com 182 empresas a respeito das principais estratégias usadas pelas empresas para atrair, desenvolver e reter bons colaboradores. Nele ficou claro que há um desalinhamento entre as estratégias de atração e retenção em curso e os reais desafios das empresas.
E um dos pontos levantados pelo estudo que chama muito a atenção está relacionado à figura do Líder e o quanto ela influencia na permanência de um colaborador na organização. Segundo dados da pesquisa, 59% dos participantes apontam o posicionamento da liderança como a principal dificuldade para a retenção de talentos nas empresas, seguido do pacote de remuneração e benefícios (54%) e arquitetura de cargos (27%).
Infelizmente, entre as estratégias de retenção adotadas pelas empresas não aparece nenhuma direcionada para resolver essa questão – as principais são Plano de Sucessão e Recrutamento Interno (93%), Possibilidade de Desenvolvimento de Carreira (76%) e Reajuste/Revisão Salarial por Mérito (59%).
Maisa Diniz Pena Pirota, Consultora de Remuneração da Carreira Muller, atribui essa ausência por conta da maioria das empresas ainda acreditarem que estratégias de atração e retenção sejam responsabilidade apenas do RH.
“A preparação das lideranças não faz parte das estratégias prioritárias das empresas, o que representa um grande entrave para o sucesso das ações de retenção. Isso acontece porque, usualmente, a crença é que o RH seria o único responsável pelo processo, o que não é verdade”, explica.
Segundo Maisa, esse quadro poderia ser revertido se houvesse um maior alinhamento entre a liderança, time liderado e a cultura empresarial:
“São comuns problemas por conta do desencontro entre a direção que a empresa quer seguir e a que seus líderes estão tomando. Assim, mais do que definir sua meta principal, a organização precisa operacionalizar a visão global, e, para isso, vai depender dos líderes. Se a ideia é alcançar resultados imediatos, é preciso ter essa mesma visão; se a proposta é o longo prazo, os líderes precisam transmitir o mesmo valor em cada atividade diária, e até mesmo no diálogo e na conduta. Ou seja, tudo depende do que a empresa quer e tem como cultura. E isso reflete diretamente na percepção que seus colaboradores terão a respeito dos líderes – e da própria empresa. Ou todos caminham na mesma direção ou sempre haverá esses desencontros e a retenção continuará sendo uma questão latente”, garante.
Que tal começar a colocar esse alinhamento em prática na sua empresa?
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