Por mais clichê que possa parecer, não dá para falar em felicidade sem perguntar: para você, o que é felicidade?
Se tem um tema com múltiplas possibilidades de respostas é esse. Existem várias correntes filosóficas que tentam solucionar com uma resposta.
Os mais práticos, mais diretos, vão resumir em palavras como “ter saúde”, “família unida”, “casa grande”, “promoção no trabalho”, “dinheiro no banco”, “carro do ano”, “mais tempo livre”, “um corpo bonito”, “botox em dia”. Uma criança, geralmente imediatista, vai associar felicidade com o que estiver vivendo naquele momento.
Fato é que, para cada um, felicidade tem um significado. Mas não estamos aqui para falar de todos eles. O nosso objetivo é reforçar que felicidade é estratégia — e dá dinheiro!
Qualidade de vida e produtividade: tudo a ver
Quem trabalha com o ecossistema de RH já perdeu as contas de quantas vezes ouviu que é importante investir na qualidade do dia a dia dos colaboradores — e acaba replicando essa ideia por aí, com razão. Afinal, comprovadamente um trabalhador feliz é mais produtivo.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia apontou que um trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, 3x mais criativo e vende 37% mais no comparativo com outros que não se identificam como felizes. Além disso, o trabalhador feliz acaba motivado a atender melhor o cliente, evitar acidentes no trabalho e reduzir desperdícios.
A qualidade de vida está, portanto, diretamente ligada à produtividade no trabalho — e produtividade tem tudo a ver com rentabilidade.
Por isso tanto se diz que a melhor maneira de aumentar a rentabilidade de uma empresa é investir na qualidade de vida dos seus funcionários. O que poucos fazem é mostrar o caminho e trazer provas de como isso funciona na vida real.
Mas há exceções à “regra”
O criador da “Filosofia da Gestão”, Márcio Fernandes, ressalta no livro “Felicidade dá Lucro”, de 2015, que qualquer profissional ou empresa pode chegar à excelência com uma filosofia que engaje o seu time. O lucro não é o objetivo, mas acaba sendo uma consequência da felicidade.
Ele contraria o senso comum ao dizer, por exemplo, que injetar capital na formação de seus colaboradores é perda de tempo. Para que sejam notados e ganhem lugar de destaque na estrutura da empresa, eles têm que investir sozinhos no seu aprimoramento.
Para quem não conhece, Márcio Fernandes é um dos “gurus” da felicidade. Foi presidente da distribuidora de eletricidade Elektro, empresa que assumiu a dianteira em relação a diversas pesquisas sobre satisfação de funcionários — viu o Índice de Felicidade no Trabalho aumentar de 92,5% para 99% em três anos e somou vários títulos como “Melhor Empresa do Ano” e “Melhor Empresa para Trabalhar”.
Um dos segredos para esses índices é o profissional ver propósito no trabalho. Quando o colaborador entende que lucro e felicidade estão interligados, busca melhores resultados não por obrigação, mas porque deseja aquilo para si mesmo. Obviamente, a empresa se beneficia com isso.
É por isso que a felicidade tem que ser vista como uma forma de compensação. É estratégia – e muitas empresas já perceberam isso, inclusive com a criação de diretorias para cuidar do tema.
Dicas para a felicidade
Não espere com esse conteúdo uma fórmula mágica de como tornar os colaboradores da sua empresa mais felizes, ainda que várias dicas percorram as áreas de RH (e a internet), como:
- Realize pesquisas sobre o clima organizacional;
- Envolva os colaboradores;
- Reconheça as conquistas;
- Invista na trilha de carreira;
- Pratique a comunicação aberta;
- Tenha escuta ativa;
- Respeite os colaboradores;
- Seja transparente.
Mas vocês sabem que aqui na Carreira Muller temos como premissa trazer indicadores e mostrar quais ações têm sido colocadas em prática nas empresas. Por isso, convidamos a Chief Happiness Officer (CHO) da Ativy, Danielli Ramos de Almeida, para a 91ª edição do Quinto Dia Útil.
Danielli conta algumas das estratégias da empresa para fomentar a felicidade nos mais de 360 colaboradores espalhados pelo Brasil. Entre elas, pesquisas diárias de humor, os programas Mamães a Bordo e 50+ e outros que podem ser considerados “detalhes que fazem a diferença”, tais como os energéticos às segundas e snacks à vontade todos os dias. Assista ao episódio completo e se inspire sobre como cuidar da felicidade do seu time!