Avaliar a evolução de um profissional no cargo é um desafio que pode parecer complicado na prática, porque depende, muitas vezes, de aspectos intangíveis. Em outras palavras, apesar da estratégia que a empresa adota, com parâmetros e medições concretas, o desenvolvimento do colaborador depende também de uma avaliação pessoal, que beira aspectos mais subjetivos como maturidade, autonomia, influência e liderança. É o que acontece no processo de transição de profissionais sêniores.
Normalmente, a maturidade é um aspecto de bastante peso. Em remuneração, a escolha de ocupantes para cargos sêniores está intimamente ligada à maturidade dos profissionais, ou seja, ao desenvolvimento dele como um todo.
Apesar disso, colaboradores mais jovens têm preferido empresas que utilizam outras métricas para promoção que não consideram, necessariamente, a idade do profissional e o tempo no cargo.
Geralmente, os parâmetros de promoção visados pela nova geração envolvem o nível de engajamento com a missão da empresa, habilidade de liderança, conhecimento do produto, visão estratégica etc. Por causa disso, essas preferências podem até apontar para uma tendência de flexibilização dos métodos de avaliação e promoção, mas ainda há ressalvas.
A facilidade na busca de informações e a evolução tecnológica propiciam ao jovem um amadurecimento técnico muito rápido e eficiente, todavia, ainda é preciso reforçar que há outras questões intrínsecas à senioridade.
O conhecimento pode ser disseminado com muita facilidade, mas a habilidade nas relações interpessoais é uma tarefa moldada pela vivência profissional, que é desencadeada pelo tempo na carreira, estabelecida pelas conexões de respeito e empatia, pelo próprio crescimento e, principalmente, pelo desenvolvimento das pessoas ao nosso redor. Sozinhos não chegamos a lugar algum.
Portanto, a senioridade não se resume a um conjunto de fatores específicos, ou de observação e constatação profissional, mas sim de muitas variáveis a serem consideradas visando o fortalecimento da gestão organizacional e, em especial, o pleno desenvolvimento dos colaboradores num mundo cada vez mais veloz – e a maturidade caminha lado a lado com isso.