É comum encontrarmos, no mercado, estruturas de empresas que possuem espaço para um Especialista, mas nem sempre é assim.
Quando falamos em carreira Y, a posição de um cargo nesse nível hierárquico só faz sentido quando a empresa conhece bem a definição da posição e as implicações da sua criação na estrutura – mesmo que seja uma prática comum de mercado.
Antigamente, era muito comum que colaboradores com bom desempenho logo fossem promovidos para Coordenadores. Ocasionalmente, esses profissionais não tinham aptidão com pessoas e, por causa das demandas com gestão, a empresa acabava perdendo o conhecimento técnico deles.
Foi uma opção viável, então, criar uma carreira para que esses colaboradores mais técnicos pudessem continuar crescendo de forma equiparada com os cargos de Coordenador e Gerentes.
Diante deste contexto, já temos um bom indício para entender se sua empresa precisa ou não de um Especialista: você tem profissionais nesse contexto mais técnico e que estão com pouca perspectiva de crescimento? Se sim, acenda um sinal verde para a criação deste cargo!
Além disso, separei mais seis pontos que servem de reflexão antes de desenhar a cadeira de um Especialista na sua área ou empresa.
Aconselho que, ao ler cada um dos tópicos, pense na realidade da sua companhia e, se algum deles despertar dúvida ou indicar algum tema sensível, pode ser que este seja o insight que vai indicar se a estrutura comporta, ou não, um cargo como esse.
Confira:
01. Um Especialista possui, no mínimo, o mesmo nível hierárquico que um Coordenador. Ou seja, um Especialista não pode responder para um Coordenador, pois eles estão classificados no mesmo nível.
02. Se o Especialista é classificado, no mínimo, no mesmo nível hierárquico que um Coordenador, isso significa que ele está desenhado acima de um Sênior, Engenheiro ou Supervisor.
03. Um Especialista trabalha sozinho. Se ele possui uma equipe subordinada, provavelmente não deveria ser classificado como tal.
04. O Especialista é perito num assunto complexo e estratégico para a empresa. Não deveria existir outra posição que demandasse esse grau de domínio técnico.
05. Não há atribuições operacionais e atividades com procedimentos preestabelecidos na rotina de um Especialista. Ele está envolvido com projetos, estudos, pesquisa e desenvolvimento.
06. É uma posição com difícil reposição, pois costuma ser uma “mosca branca” no mercado.
E então, as considerações te ajudaram a compreender melhor a posição e refletir sobre o cargo que você tem hoje na estrutura ou que pretende criar?
Sobre o tema, nós temos mais algumas dicas que podem te ajudar. Clique aqui para acessá-las!
Camila Minamide
Consultora de Remuneração