Quando falamos em modelos de acompanhamento de progressão profissional, como o plano de carreira e o de sucessão, é comum surgirem algumas dúvidas com relação à definição e, principalmente, à aplicação de cada um deles.
Para esclarecer esse tema, entrevistamos Ignácio Ambiel, Gerente de Consultoria da Carreira Muller.
Inicialmente, é preciso definir bem as terminologias. “Um Plano de Carreira envolve a trajetória do profissional dentro da organização e depende do atendimento dos requisitos e competências necessários aos cargos pretendidos. Por outro lado, um Plano de Sucessão tem um objetivo singular, já que é focado no desenvolvimento de colaboradores em específico”, explica.
Em outras palavras, um Plano de Sucessão visa identificar profissionais em especial dentro de uma organização; talentos que poderão ser desenvolvidos e preparados para oportunidades em cargos de Gestão. Esse caso, em específico, busca colaboradores que possam, além de atuar com excelência na carreira técnica, ter também habilidades em relacionamento com pessoas.
Mas então, a aplicação de uma estratégia independe da existência da outra? Segundo Ignácio, não.
“Na realidade, há sempre uma conexão entre os planos, ou seja, se um profissional vem se fortalecendo dentro de um Plano de Carreira (crescendo por desempenho, competências e resultados), se tornará, dessa forma, cada vez mais apto para ser eleito a um Plano de Sucessão. Suas chances de destaque são maiores”, complementa.
Em resumo, um Plano de Carreira é uma trajetória provável na vida profissional, quase que natural. Já o Plano de Sucessão, se origina da eleição de colaboradores em potencial que serão desenvolvidos para uma posição de gestão ou liderança.