Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral revelou que 91% das empresas entrevistadas sofrem com a falta de mão de obra especializada, principalmente nas vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual.
Para conseguir preencher as vagas, diversas empresas estão reduzindo as exigências, como inglês fluente, pós-graduação e experiência. Das companhias entrevistadas, 60% diminuíram os requisitos no nível técnico e 45,51% no nível superior. Em 2010, esse índice era 54% e 28%, respectivamente.
De acordo com Paulo Resende, professor e responsável pela pesquisa, não há previsão para melhora a curto ou médio prazo.
Qual a solução então? Apostar em talentos e treiná-los. Em profissões que o conhecimento não seja muito específico é possível criar um plano de gestão de carreira que auxilie não só o RH, mas o próprio funcionário a saber o que será esperado dele e os passos e conhecimentos necessários para subir na carreira.
Como o processo de contratação está mais longo, demorando até cinco meses, vale a pena, além de avaliar bem o candidato e escolher o melhor, reter o talento que mais se destacar, mesmo que não seja na área em que ele se formou. É uma solução mais simples, rápida e eficaz do que procurar um candidato no exterior e pode até trazer um novo prisma para a vaga, agregando novas perspectivas e ideias para a empresa.
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