O ano de 2020 trouxe muitas mudanças e isso refletiu diretamente no mercado de trabalho. Empresas e segmentos inteiros tiveram que repensar o seu modelo de negócio e algumas áreas de atuação ficaram mais em evidência. A área de tecnologia certamente é uma delas.
Não só houve necessidade de grandes adequações, por conta do novo modelo de trabalho em Home Office, mas as empresas passaram a investir em tecnologia de uma forma geral, seja para criação de plataformas de venda online, elaboração de cursos EAD, desenvolvimento de aplicativos para substituir atividades presenciais – isso apenas para mencionar alguns tipos de investimento.
Neste contexto, lançamos um estudo, em parceria com a Hays, sobre o Perfil do Profissional de TI que buscou trazer alguns insights tanto para estes profissionais como para o RH que está buscando entender as tendências do segmento. Você pode encontrar este material aqui.
O que busca o profissional de TI?
Um dos assuntos contemplados neste estudo foi “o que afinal busca este profissional” e achamos que seria interessante compartilhar aqui a nossa leitura sobre o tema.
Apesar da flexibilização do horário e da possibilidade do trabalho em Home Office serem muito importantes, no final do dia, este profissional está buscando oportunidades de se desenvolver e ser remunerado de forma justa por seu trabalho.
Tendo cada vez mais oportunidades no mercado (muitas vezes, até fora do país), o colaborador quer entender como pode progredir e quais são as suas opções de carreira.
Veja os dados do levantamento, abaixo:
Aqui cabem algumas reflexões:
Plano de Cargos e Salários e trilha de carreira
É importante sim, possuir um plano de cargos e salários (PCS) e uma trilha de carreira estruturada, mas mesmo que isso ainda esteja em desenvolvimento em sua empresa, o colaborador precisa ter algum direcionamento. Por mais simples que seja, mantenha transparência nos processos e lembre-se que a progressão e desenvolvimento do profissional dentro da empresa são importantes para todas as partes envolvidas.
Alinhamento do RH com gestores
Caso já possua um PCS e uma trilha de carreira, é essencial que o RH esteja alinhado com os gestores. Afinal, de nada vale ter possibilidades, se as mesmas não são propriamente comunicadas para os gestores e, consequentemente, para os colaboradores. Analise a melhor forma de compartilhar esta informação em sua empresa e mãos a obra. Aliás, caso precise de algum suporte neste sentido, estamos aqui para ajudá-lo.
Aplique o plano de progressão de carreira, de verdade!
Por fim, vale ressaltar – se existe um plano de progressão de carreira o mesmo precisa ser seguido. De nada vai adiantar ter as regras no papel, mas as mesmas não serem aplicadas na prática. Aqui, os indicadores podem ajudar muito o RH. Vocês já pararam para analisar quanto tempo cada profissional está ficando no cargo? E como anda a distribuição de seu headcount? Muitos colaboradores júnior? Isso faz sentido para a estratégia da empresa?
Pacote de remuneração
No que diz respeito ao pacote de remuneração, que apareceu em segundo lugar na lista de assuntos mais relevantes, não podemos deixar de enfatizar a importância de acompanhar o mercado. Especialmente para cargos em alta demanda, como os do segmento de tecnologia, o RH precisa estar antenado e entender como o mercado está se comportando. Falamos mais em detalhes sobre este assunto, neste artigo.
Voltando para o conceito central, o pacote de remuneração é composto por 3 principais pilares – Salário Base, Incentivos de Curto Prazo (PLR e Bônus) e Benefícios. Fica a critério da empresa, ao definir sua estratégia de remuneração, como deseja (ou pode) se posicionar em cada um destes pilares. Muitas vezes, empresas não conseguem ser tão competitivas no salário base, mas compensam isso através de incentivos ou benefícios mais arrojados. Isso tem sido cada vez mais comum, especialmente no ramo de tecnologia. Para manter sua saúde financeira, empresas de menor porte têm apostado mais em benefícios diferenciados para compensar uma menor competitividade no salário base.
Aqui também valem algumas análises:
Comunicação clara e eficaz. Sua empresa possui algum diferencial de remuneração? Você está comunicando isso para seu colaborador? Se ele olhar uma vaga em outra empresa e for receber um pacote de remuneração inferior ao que recebe atualmente, ele vai ter esta percepção?
Conheça seu público. De nada irá adiantar implementar um novo benefício se o mesmo não for relevante para o seu público. Eventualmente trará um custo para a empresa (não só em dinheiro, mas também em tempo) e não haverá a adesão esperada. Faça pesquisa, entenda seu colaborador, saiba o que agregará valor para ele e ai sim, avalie suas possibilidades.
Aliás, você já assistiu ao nosso podcast sobre Benefícios Flexíveis? Caso seja um assunto relevante para sua empresa, não deixe de assistir, clicando aqui.
O estudo sobre o Perfil do Profissional de TI trouxe muitos outros insights que dividiremos com vocês nos próximos posts. Fique de olho!
Debora Morilha
Consultora de Remuneração