O texto de hoje é bem curto e direto, mas muito importante!
Quando analisamos a estrutura de uma empresa, é muito comum nos depararmos com cargos criados apenas para acomodar determinadas pessoas ou situações.
Normalmente, esses “ajeitômetros” acabam abrindo precedentes para a inclusão de outros casos similares, transformando a exceção em regra.
Outro ponto importante é que, quando a empresa cria cargos dessa maneira, acaba incentivando os burburinhos, gerando desconforto e prejudicando o clima organizacional.
Sempre que você estiver diante de um desafio de revisão de estrutura, uma meta a ser perseguida é: atender a demanda do negócio, e não a demanda das pessoas.
Para te ajudar, tenha sempre esta pergunta em mente: se a pessoa que ocupa o cargo hoje sair da empresa, eu preciso contratar outro profissional com a mesma nomenclatura e estrutura de cargo para executar essas atividades?
Se, realmente, precisar manter o “ajeitômetro” na sua estrutura, recomendamos que não inclua esse cargo na sua Trilha de Carreira. Essa posição será administrada como está enquanto o atual ocupante estiver nessa função. Porém, na primeira oportunidade que houver, essa cadeira precisa deixar de existir.
Isso é crucial para manter a saúde do seu Plano de Cargos e Salários e evitar de criar brechas nas ações de engajamento de pessoas!
Outra dica valiosa: toda vez que você for revisar sua estrutura de cargos, é imprescindível excluir as pessoas da análise dos cargos. O que isso quer dizer? Cargos não possuem CPF, RG, endereço… Cargos são unidades administrativas.
Para ficar mais fácil, sempre que precisar pensar nos cargos, imagine cadeiras. Estas sim, foram feitas para as pessoas se sentarem, mas não especificamente para alguém, são universais.
Outro exercício bom é pensar que você está abrindo a empresa hoje, e que ainda não há ninguém contratado para nenhuma posição.
Camila Minamide
Consultora de Remuneração