O RH é aquele que auxilia a empresa na retenção de talentos, planejamento de cargos e salários e possui funções com o objetivo de garantir mais produtividade e estratégia à companhia. Neste ano e até meados de 2015 esse setor terá algumas atribuições mais burocráticas. Com a obrigatoriedade do eSocial, os departamentos de Recursos Humanos terão de criar novos processos, se atentar aos prazos e criar uma integração com outras áreas para a implantação do sistema de maneira eficaz.
O objetivo do eSocial é unificar o envio das informações dos empregados pelos empregadores. O sistema promete criar facilidades e possibilitar às empresas o cumprimento de algumas de suas obrigações trabalhistas e fiscais num canal único, de forma simples e intuitiva.
Assim que estiver disponível para todas as empresas, o eSocial permitirá o atendimento a diversos órgãos do governo com uma única fonte de informações, para o cumprimento das diversas obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias atualmente existentes. Outra vantagem será a integração dos sistemas informatizados das empresas com o ambiente nacional do eSocial, possibilitando a automação na transmissão das informações dos empregadores, além da padronização e integração dos cadastros das pessoas físicas e jurídicas no âmbito dos órgãos participantes do projeto.
Apesar de demandar muito trabalho burocrático, o eSocial também é uma ótima oportunidade para reorganizar e descrever cargos, além de estabelecer uma política de remuneração adequada.
Como especificado nas tabelas S-1030 e S-1040, as informações relativas aos cargos e funções serão utilizadas para a validação de diversos eventos, como cadastramento inicial do vínculo, admissão, alteração dos dados contratuais, entre outros. Por isso, é muito importante que a empresa tenha a descrição detalhada e os níveis de todos os cargos. A Carreira Muller oferece um processo de arquitetura e descrição dos cargos, o que facilita a sua construção e garante sua elaboração de maneira estratégica.
De acordo com o cronograma divulgado pelo governo, as empresas tem pelo menos até junho de 2015 para planejar a implantação do eSocial, até que ele se torne obrigatório. Quando isso acontecer, todos os dados relacionados aos eventos trabalhistas terão de ser arquivados e transmitidos aos órgãos de competência. Com isso, algumas práticas comuns em algumas organizações, como acordos informais entre empregado e empregador ou a concessão de férias fracionadas em períodos acima do legalmente permitido não serão mais possíveis.
Por este motivo, é preciso mobilizar equipes para traçar um diagnóstico de conformidade para saber o que está de acordo com as regras do eSocial e o que deve ser mudado. Após traçar esse panorama, é preciso reunir esforços e criar processos para que o que não está de acordo seja mudado. Para isso, é preciso definir estratégias e estabelecer prazos para garantir o andamento das ações. Afinal, um ano pode parecer muito, mas para uma tarefa dessa complexidade pode ser pouco dentro de uma organização.
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