Júnior, Pleno ou Sênior? Salário base ou total dinheiro? A gente explica!
Já falamos aqui que pesquisas salariais são excelentes fontes de informação para tomadas de decisões. Por englobarem uma quantidade relevante de dados, formam uma base sólida de referência e permitem às empresas criarem estratégias com confiança.
Para aqueles que estão começando no mundo da Remuneração, alguns detalhes podem gerar dúvidas. Por isso, temos usado o blog da Carreira Muller para transmitir conhecimento e contribuir com o planejamento.
Hoje trazemos três pontos interessantes: como identificar as diferenças entre níveis de um cargo, como os resultados são compostos em uma pesquisa e como os benefícios são calculados e somados. Confira!
Analista júnior, pleno ou sênior?
Fica inviável estabelecer parâmetros de remuneração sem entender as reais diferenças entre os níveis júnior, pleno e sênior. E, por mais que em um primeiro momento a tendência seja analisar a descrição do cargo, essa não é a melhor opção. Isso porque a descrição não varia muito – às vezes nem se altera – e as atribuições também são muito parecidas. O que muda são as exigências, tanto com relação à experiência quanto com relação à formação.
Para as organizações que possuem uma arquitetura de cargos bem-estabelecida, o documento Quadro-Guia da ConsultaSalarial® é a melhor alternativa para essa análise. Nele, estão definidos o que se espera de um colaborador em cada uma dessas faixas de responsabilidades, bem como as principais características do nível e seus respectivos requisitos.
De maneira resumida, no caso de um nível júnior, o profissional é orientado sobre quais são as suas atribuições e como elas devem ser executadas. Além disso, é acompanhado por um superior em todo o processo. Já quando subimos para o nível pleno, a expectativa é que o profissional tenha mais autonomia. Ou seja, apenas receba as atividades e já saiba como executá-las.
Em um nível sênior, as responsabilidades se multiplicam. Ao saber quais são suas atividades, o profissional compreende como colocá-las em prática, quais são os caminhos para ser bem-sucedido na tarefa e como resolver um empecilho que esteja fora do padrão. Por tudo isso, é capaz de exercer uma liderança técnica, servindo de apoio para os cargos pleno e júnior.
Quais elementos compõem os resultados da pesquisa?
Independentemente do nível buscado, os resultados mostrados serão os mesmos: salário-base, total dinheiro e remuneração total. Há diferenças bastante significativas entre eles:
Salário-base
Consta no salário nominal mensal do profissional. Em alguns cargos comerciais, nesse valor também vem incluída uma média mensal de comissões.
Dica: se você tem dúvidas sobre comissionamento em salários, temos um estudo sobre o tema disponível em nosso canal no YouTube.
Total dinheiro
Nesse caso, soma-se ao salário-base (e comissões, se for o caso) os incentivos de curto prazo (ICP), como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e bônus. Geralmente esses valores são anuais, mas, para sua inclusão no total dinheiro, são mensualizados e somados ao salário.
Remuneração Total
Aqui estamos falando de um pacote de remuneração total. Ou seja, o salário-base, os ICP e a quantificação de benefícios: plano médico, odontológico, previdência privada, entre outros.
Como explorar cada um dos elementos
Como pôde ver, há diferenças latentes entre salário-base, total dinheiro e remuneração total, sendo importante explorar cada um deles em momentos diferentes e para análises distintas. Por exemplo, se uma empresa decide investir em um novo benefício, vale a pena analisar, antes, se fica mais barato aumentar o salário-base ou realmente seguir com a intenção de incluir um novo benefício. Dessa forma, a gestão pode decidir se a empresa vai se manter conservadora nos salários e investir em uma estratégia mais agressiva em benefícios.
Normalmente, as empresas tendem a começar suas análises pelo salário-base. E, com ele em mãos, realizar ajustes nas remunerações variáveis e nos benefícios. A nossa sugestão aqui é fazer o caminho contrário. Observe primeiro a remuneração total para entender se a sua empresa está competitiva com os valores oferecidos no mercado. A partir daí, avalie em quais aspectos você está em vantagem ou desvantagem.
Para essa comparação, podemos contribuir com a funcionalidade de ICP disponível no ConsultaSalarial®. Lá, é possível ver características que o mercado está oferecendo – o mesmo pode ser feito para cada um dos benefícios disponíveis.
E os benefícios? Como são calculados?
Há uma funcionalidade disponível na ConsultaSalarial® que permite analisar a parte qualitativa dos benefícios. No filtro de planos de saúde, por exemplo, você encontrará as características daquilo que é oferecido por percentual de empresas. Também é possível analisar se estamos falando de planos com quarto ou enfermaria, com política de reembolso ou com coparticipação, por exemplo.
Mas, como tudo isso é contabilizado em valores? Obviamente cada empresa paga por um benefício de forma diferente. Aquelas com maior número de funcionários tendem a receber mais desconto das operadoras, pagando menos por um plano de saúde no comparativo com uma empresa menor.
Exploramos mais o assunto na 6ª edição do Consulta Aqui! Confira!