Muito tem se falado da desoneração da folha de pagamento nos últimos dias. Com a medida, adotada pelo governo em 2012, 56 áreas produtivas deixaram de recolher os 20% de imposto sobre a folha de pagamento dos funcionários. Em contrapartida, elas têm de pagar de 1% a 2% do faturamento, que é destinado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Entre 2012 e 2013, o governo deixou de arrecadar aproximadamente R$ 11 bilhões e a previsão é que em 2014 esse déficit seja de R$ 21 bilhões. Esse montante, que tem como destino a Previdência Social, é resposto pelo Tesouro.
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a política de desoneração, válida até o final de 2014, não deve sofrer alterações como a inclusão ou exclusão de setores beneficiados. O governo está realizando uma reavaliação da medida para que em 2015 ela sofra modificações, se necessário.
O fato é que o governo desonerou a folha de pagamento com o objetivo de trazer mais eficiência ao setor produtivo e também estimular a manutenção e geração de novos empregos. Outros fatores como redução da rotatividade no mercado de trabalho, aumento da competitividade e estimulo às exportações também podem ser considerados efeitos da medida.
Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com as empresas que englobam os setores beneficiados pela desoneração, concluiu que 2/3 delas terão um investimento maior em função da medida. Elas poderão aplicar o valor na contratação de novos colaboradores ou na qualificação dos que já estão trabalhando.
Com a Copa do Mundo de 2014, muitas vagas no mercado de trabalho já foram abertas e outras ainda serão. Aliadas à medida da desoneração, elas devem ditar o ritmo de contratações em 2014. Apesar da necessidade de profissionais qualificados ser grande e urgente, os departamentos de Recursos Humanos devem ficar atentos para a qualidade dos processos de seleção. Afinal, nunca se sabe quando encontrar um talento.
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