Uma boa pesquisa salarial é essencial no momento de montar a tabela salarial e/ou para embasar as estratégias de remuneração. E cada vez mais as empresas estão cientes disso! Mas escolher entre os diferentes tipos de pesquisa disponíveis no mercado não é uma tarefa muito fácil. É natural que surjam dúvidas e indecisões!
Pensando nisso, falamos sobre as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de pesquisa no 23º episódio do ConsultAqui. Confira o conteúdo a seguir se você quiser saber os principais detalhes!
Quais são os diferentes tipos de pesquisas salariais que existem no mercado?
Antes de tudo, é importante deixar algo bem claro: independentemente do modelo de pesquisa salarial que sua empresa escolher, é fundamental que seja de qualidade. Por isso, busque uma empresa séria e comprometida, que tenha expertise no mercado, uma base sólida e confiável de dados. Dito isso, vamos conhecer os tipos mais tradicionais de pesquisa salarial.
Pesquisas de base de currículo
São aquelas divulgadas – e elaboradas – pelas empresas de recrutamento e seleção. Normalmente são publicadas semestralmente (ou anualmente) e são construídas com base em informações fornecidas pelos profissionais em seus currículos. As respostas dadas a perguntas como “qual é o seu salário atual” e “qual é sua pretensão salarial” são as que ajudam a construir a pesquisa.
Pesquisas com dados oficiais
São criadas a partir da grande base de dados do Ministério do Trabalho. Consistem nas situações informadas pelas empresas ao governo sobre demissões e admissões – além de uma atualização geral anual. O Ministério do Trabalho, após suprimir os dados sensíveis dos profissionais e das empresas, organiza e divulga as demais informações pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Pesquisas de empresas de consultorias
São pesquisas como a ConsultaSalarial® (e há de outras empresas), que se dedicam a prestar consultoria para a área de Remuneração do Brasil. As consultorias entram em contato com as organizações para coletar dados referente a cargos, salários, níveis, entre outras informações. Em seguida, fazem uma análise comparativa e compartilham os dados (sem nomes) naquela que será a pesquisa final.
Pesquisas informais
Com o auxílio das redes sociais, muitas empresas trocam informações com outros estabelecimentos da região por meio de grupos (inclusive pelo WhatsApp). Ali, há um intercâmbio de dados sobre salários, cargos, etc. Há um entendimento do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre o fato desse tipo de pesquisa ser considerado cartel, como se houvesse uma “combinação” de preços. Recomendamos um pouco mais de cuidado com esse tipo de pesquisa: geralmente eles não têm preocupação quanto à supressão de nomes, o que facilita a identificação dos profissionais.
Quando utilizar cada uma das pesquisas?
Todas as pesquisas citadas acima podem ser empregadas em cenários diferentes. Nenhuma deve ser descartada. A base de currículo, por exemplo, normalmente é compartilhada de forma gratuita. Então, pode ser uma boa alternativa para uma empresa que ainda não conta com um orçamento destinado para isso.
Embora os dados não sejam tão precisos, se compararmos com os outros tipos, pode ajudar a “iluminar” os primeiros passos e servir de referência. Mas é importante ressaltar que esse tipo de pesquisa não é a especialidade das empresas que a divulgam. O que elas fazem é receber gratuitamente os dados dos candidatos e compartilhar da mesma forma, sem que haja expertise para lidar detalhadamente com estatísticas, job matching, etc.
Atualmente, há inclusive algumas páginas na internet nas quais os próprios profissionais preenchem seus salários e avaliações das empresas. Porém, com uma busca rápida é possível notar discrepâncias, já que muitos usuários se registram somente para ter acesso a plataforma.
No caso da pesquisa disponibilizada pelo Ministério do Trabalho, a maior vantagem é o grande volume de dados: são TODOS os dados salariais do Brasil, o que significa aproximadamente 40 milhões de linhas de dados por ano. Se você necessita de informações sobre uma região afastada e muito específica, pode encontrar ali de forma gratuita.
E aqui também encontramos a principal desvantagem: 40 milhões de linhas não podem ser exportadas a um Excel ou analisadas de maneira prática. É necessário contar com uma estrutura de banco de dados robusta que seja capaz de lidar com esse volume imenso de informação. Também não existe um sistema para limpeza prévia dos dados. São várias tabelas com inúmeros códigos.
Outra inconveniência é a defasagem. Normalmente o governo compartilha informações do ano anterior, o que pode ser prejudicial na hora de usar como referência em um mercado volátil. Há ainda um outro ponto: como essa base de dados é administrada pela CBO, as nomenclaturas de cargos não são as utilizadas pelo mercado.
Inclusive, vale a pena trazer um outro ponto para esse conteúdo.
Como funciona esse processo de comparação entre os cargos da empresa e os das pesquisas salariais?
Não são poucos os casos em que o profissional recebe um cargo nas empresas, mas não há essa nomenclatura no mercado e/ou nas pesquisas, principalmente na área de TI. Vamos supor, por exemplo, que você precise consultar as informações de um administrador especialista em Cloud Computing.
A base do governo não contempla esse cargo. Muito provavelmente, o mais próximo será o de Analista de Sistemas. Ao optar pela base de currículo, a situação também não é facilitada, porque vai depender de como o próprio candidato se identifica. Qual a alternativa?
Uma boa saída é contar com uma pesquisa salarial realizada por consultorias específicas em Remuneração. Como esse é o negócio dessas empresas, há uma preocupação latente em estabelecer nomenclaturas e job matching. Nesse processo, há uma atenção em coletar informações sobre as funções de cada cargo para enquadrá-los da melhor forma possível.
Sabemos que fazer esse job matching é perigoso e pode gerar problemas internos e de referência. Por isso, com o ConsultaSalarial®, as empresas recebem o respaldo de consultores especialistas que atuam junto com elas, o tempo todo, para fazer esse processo. Os gestores são entrevistados para entender os detalhes de cada cargo e, dessa forma, gerar uma maior assertividade.
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