Empresas de todo o mundo estão trabalhando em prol da captação e retenção de talentos, diante de um mercado em que é necessário ter profissionais cada vez mais especializados e competentes. Diversos fatores são utilizados como ferramenta para promover o engajamento dos colaboradores e mantê-los com um alto nível de produtividade. Para isso, a inovação nas políticas de cargos e salários é essencial. Nesse sentido, surgiu uma nova proposta nos últimos anos que sugere uma forma diferenciada para gerenciar a ascensão profissional dos trabalhadores dentro das organizações. Trata-se da carreira Y!
Este conceito possui este nome em razão da letra de referência, formada por uma linha reta até o ponto em que existe uma bifurcação. Esse símbolo serve como metáfora para explicar que em determinado momento da jornada profissional uma escolha deve ser feita.
A carreira Y permite uma evolução pelo caminho técnico ou de gestão. Assim, possibilita o crescimento de colaboradores mesmo que não tenham o perfil gerencial.
De acordo com as práticas tradicionais de mercado, um profissional é promovido até chegar a um cargo de gestão. No entanto, nessas situações, a empresa pode estar colocando um profissional técnico excelente para desempenhar uma função de gestão, para o qual ele não possui habilidades. Nesses casos, os resultados não são bons nem para a empresa e nem para o profissional.
“Nesse modelo, o profissional crescia verticalmente, estagnava no cargo aguardando uma promoção para posições de gestão ou pedia demissão. A falta de opções neste modelo de carreira acarretava vários problemas, entre eles a promoção de grandes especialistas para um cargo de gestão: perdia-se um grande especialista e ganhava-se um péssimo líder”, explica o gerente de projetos e pesquisas da Carreira Muller, Flávio Pavan. Ainda de acordo com ele, esse foi um dos principais fatores que colaboraram para a busca de uma nova forma de gerir carreiras.
A implantação de um modelo de gestão de pessoas que considere a carreira Y é fundamental para a retenção de bons talentos, tanto na área de gestão quanto na técnica. Para que um programa de carreira Y seja efetivo, é importante que a empresa o estruture tendo em mente que os profissionais especialistas devem ter equiparação aos cargos de gestão em relação à remuneração, benefícios e status.
Esses e outros itens referentes a este tipo de gestão de carreiras compõem o estudo Carreira Y 2014. Desenvolvido pela Carreira Muller, a pesquisa mapeou o cenário no qual se encontram os profissionais que optaram pela carreira Y e as práticas de remuneração do mercado. Informação é a peça fundamental para estruturar um modelo de gestão que valorize os profissionais especialistas e garanta a retenção de talentos.
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