Inicialmente, a concessão de benefícios era adotada com uma perspectiva meramente paternalista. Hoje, a ênfase é financeira, comercial e estratégica.
Uma pesquisa recente publicada pela revista Exame indicou que 94,7% das empresas incluídas no grupo das 150 Melhores para se Trabalhar oferecem plano de Assistência Médica a seus empregados. Além disso, 88,7% oferecem Seguro de Vida em Grupo. O estudo traz diversos outros itens na “cesta” de benefícios oferecidos e provavelmente surgirão novos benefícios a cada ano.
Trata-se de uma decisão financeira, pois as empresas não gostam muito de pagar encargos sociais. A cada real pago como salário, quase a mesma quantia é recolhida para os cofres públicos. Isso encarece muito a folha de pagamento e esse dinheiro não é percebido pelo empregado. Benefícios como assistência médica, por exemplo, não sofrem esse sobrepeso.
Isso também pode ser considerada uma decisão comercial pois há forte influência mercadológica do que a empresa deve oferecer para “atrair os melhores profissionais”. De cesta básica a previdência privada, passando por plano odontológico e cursos de idiomas todos quase que prometem o milagre da produtividade e felicidade no trabalho.
Por fim, pode ser avaliada também como uma ação estratégica, pois quando alinhadas com o perfil dos empregados é possível perceber um beneficio efetivo com um custo menor. Um programa de flexibilidade de horário pode ser muito mais eficiente que previdência privada, principalmente se os empregados forem jovens. O custo pode ser zero para a empresa e o interesse alto dos empregados.
Como as empresas buscam os melhores resultados, a recomendação é se manterem atentas ao que é adequado para seu público. Não decidir, tão somente, em função do que outras organizações estão oferecendo.
Carreira Muller | Construindo Sentidos