Uma matéria recente publicada no Jornal Folha de São Paulo mostrou que os ganhos de quem possui a pós-graduação podem ser 33,5% maiores do que daqueles que só possuem o diploma. Apesar de deixar muitas pessoas animadas com a possibilidade de um salário maior, ou mesmo de obter sucesso, a reportagem não mostra que, por trás dos títulos que tais estudos podem oferecer há todo um universo que o separa de ser um profissional efetivamente bem sucedido.
Alcançar o sucesso ou fracassar em atividades profissionais é algo a que estamos sujeitos. Mas o que representa cada um desses conceitos? Quem determinou o que é ser bem ou mal sucedido? O que é o fracasso?
No mundo econômico, é a definição daquela pessoa que trabalha, às vezes exaustivamente, e não ganha muito, ainda que possivelmente ame o que faz – e faça muito bem. Ou seja, um conceito baseado no financeiro. E o que seria o sucesso? Galgar rapidamente os degraus para uma posição de comando, sem ter tanta experiência e, por conta disso, acabar abandonando o barco em frente ao primeiro problema? Ou construir carreiras sólidas e duradouras, validadas pela vida e suas experiências, e não por títulos?
É preciso que os profissionais compreendam que uma fórmula mágica para o sucesso não existe. Não adianta somente fazer uma pós-graduação ou MBA acreditando que o título concedido será o suficiente para garantir uma carreira estável. E é papel do profissional do RH ajudá-lo não só nessa questão, mas também na descoberta de qual caminho profissional e conhecimentos vão realizar plenamente cada colaborador e também ser benéfico para a empresa.
Após essa descoberta, é preciso um acompanhamento no desenvolvimento para chegar à plenitude.
Cursos e contatos são úteis e abrangem uma grande gama de assuntos, mas podem não estar totalmente conectados à realidade. Mesmo cases muito utilizados para os estudos, muitas vezes não têm relação com o dia-a-dia do profissional, e criar uma solução parecida para problemas diferentes pode resultar em gasto de tempo – e até de dinheiro – de forma ineficaz.
A melhor forma de conseguir gerir um departamento, equipe, colaboradores e até crises é aliando o conhecimento ganho através da experiência, técnica e, é claro, força de vontade. Excluir um desses aspectos, mesmo em uma ascensão meteórica ou em um negócio de sucesso, é certeza de uma queda brusca eventual.
O sucesso, portanto, não é limitado a uma conta bancária que pode desfazer-se tão rapidamente quanto a posição de chefia for alcançada. É uma trajetória constante, com bons alicerces, que culmina na admiração dos colegas de trabalho, de outros profissionais e, óbvio, traz a satisfação pessoal.
Como você está auxiliando seus colaboradores a encontrar o verdadeiro sucesso?
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