Em nosso estudo sobre Políticas e Práticas de Remuneração, levantamos muitas informações importantes referentes à administração salarial, práticas de promoção e mérito, Avaliação de Desempenho e demais questões ligadas ao Plano de Cargos e Salários.
Para acessar a versão completa do estudo, fale com a gente!
Neste texto, destaco algumas observações importantes sobre os critérios de elegibilidade na promoção de pessoas. Veja o gráfico abaixo:
Para começar a analisar este gráfico, vou focar em dois pontos: disponibilidade de vagas (65,29%) e de orçamento (51,76%). Percebemos que o controle orçamentário representa parte considerável da preocupação das empresas e isso, somado a disponibilidade de vagas, são requisitos importantes para controlar o número de posições na organização, caso contrário, com o tempo a empresa passa a ter somente cargos seniores na estrutura.
Por outro lado, sabemos que o simples fato de a empresa possuir vagas disponíveis não deveria determinar as escolhas para promover alguém. Isso precisa estar bem alinhado com as Avaliações de Desempenho (58,24%), segundo item mais considerado pelas empresas, segundo a análise do gráfico.
Quando a empresa já possui um “desenho” das posições, ou seja, tem uma política de Cargos e Salários com bom entendimento da estrutura de cargos da organização, no momento de pensar em promoções usando a Avaliação de Desempenho como régua, é fundamental verificar possíveis “gaps” na relação pessoa x cargo.
Quero chamar a sua atenção para um ponto importante aqui. Na análise, notamos que, apenas 28,82% das empresas, consideram o “posicionamento na faixa” como requisito para elegibilidade. No entanto, se analisarmos o conceito de posicionamento, este número deveria ser maior.
Ao falarmos de faixa salarial, consideramos o início para admissões e/ou promoções e, ao passo que o colaborador ganha experiência e evolui no cargo, ele caminha aproximando-se, cada vez mais, do 100% (quando a entrega e o desempenho estão maduros o suficiente para justificar esta posição). Neste caso, faria sentido a elegibilidade para promoção até o próximo nível, quando o colaborador atingir este 100%.
Entenda mais com essa ilustração:
Foi muito interessante observar o volume com que cada item, apontado no gráfico, é considerado nos momentos de promoção, porque isso dá uma ideia melhor de como as organizações têm ganhado “corpo” nesta administração, deixando de considerar apenas evoluções automáticas – pautadas, principalmente, por fatores de tempo (no cargo e na empresa).
Isso é um mindset valioso, quando se pensa em RH estratégico!
Renan Veríssimo
Consultor de Remuneração