Independente do segmento de atuação ou porte, as empresas estão sujeitas a um problema em comum: o absenteísmo. A ausência de funcionários durante o expediente resulta em reflexos bastante prejudiciais para o local em que ele trabalha. Alguns são mais imediatos, como atraso em entregas. Quando a falta do colaborador se prorroga por mais tempo, leva a outros problemas de performance para a equipe, perda de qualidade do que é entregue, comprometimento do resultado e, é claro, prejuízo para a companhia.
Entender porque ele ainda é tão recorrente e estabelecer práticas para combatê-lo é, portanto, uma preocupação constante da maioria dos departamentos de Recursos Humanos. Um estudo realizado pela Carreira Muller no final do ano passado levantou os indicadores e práticas que mais influenciaram a área de gestão de pessoas, dentre eles, o absenteísmo.
Entre suas causas mais comuns estão doenças, motivos familiares e dificuldades financeiras. Mas não são apenas os problemas pessoais que estão nesta lista. Clima organizacional ruim, falta de motivação e falta de infraestrutura na empresa figuram entre itens que também levam ao absenteísmo.
Na busca para evitá-lo, muitas empresas têm investido em programas de qualidade vida, e a equipe de RH tem adaptado suas políticas e práticas a esse conceito. Dentre as mais usuais estão:
. Assistência ao trabalhador e seus familiares para resolução de problemas pessoais como tabagismo, alcoolismo, drogas, depressão, stress;
. Auxílio em questões legais tais como divórcios, guarda de filhos, inventários;
. Orientação financeira, para melhor equilíbrio do orçamento familiar;
. Acesso à academia de ginástica, à nutricionista, bons ambientes para recreação;
. Bom ambiente de trabalho;
. Eventos que estimulem a integração fomentando as relações humanas dentro da empresa;
. Possibilidade de home office e/ou horários flexíveis;
De acordo com Marco Schanoski, diretor da Carreira Muller, a iniciativa em se investir em qualidade de vida deve ter como objetivo promover o bem-estar e desenvolver um ambiente que estimule e dê suporte ao profissional. “O resultado será uma melhor integração dele com a equipe que trabalha e também com a própria família, já que acaba extrapolando o ambiente empresarial”, explica. Para ele, outros benefícios serão maior motivação e produtividade, satisfação pessoal no ambiente de trabalho, além da conscientização sobre sua saúde.
Portanto, o clima organizacional será amplamente melhorado. “É inclusive mais fácil atrair e reter pessoas/talentos quando fica nítida a preocupação da empresa com a vida pessoal e profissional daqueles que fazem parte dela”, finaliza. A melhora também terá reflexo na imagem corporativa dela perante colaboradores, consumidores e demais stakeholders, na medida em que será vista como instituição que se preocupa com o bem-estar de todos.
Números do Absenteísmo
Alguns estudos mostram que os índices considerados adequados para não prejudicar a companhia giram em torno 2,0% a 2,5%, mas dependendo do setor empresarial números mais altos de até 4% são aceitáveis. No estudo da Carreira Muller, em 2014, em algumas regiões e na maioria dos segmentos analisados, os índices ficaram abaixo de 2,0%.
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