O home office, prática que permite aos colaboradores trabalharem de casa, não é algo novo, embora não seja uma prática comum na maioria das empresas. Mas de acordo com uma pesquisa recente, esse cenário parece estar mudando e interfere diretamente no setor de Recursos Humanos. Realizada pela empresa de tecnologia Citrix, o estudo “Mobilidade de Negócios” mostrou que, 92% das empresas pretendem expandir a política de mobilidade no trabalho para os colaboradores. Ainda de acordo com a pesquisa, 24% delas acreditam que esse tipo de prática pode transformar o negócio e, por isso, deve ser uma prioridade nos próximos anos.
Apesar de todo o entusiasmo com a mobilidade no trabalho, apenas 29% das empresas participantes do estudo realmente incentivam esse tipo de prática em suas equipes.
Segundo informações do estudo, existem dois motivos principais que colaboram para a mobilidade corporativa: aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores e reduzir custos nas empresas.
Os dois fatores podem ser observados nas companhias que optam por adotar práticas que deixam seus colaboradores livres para trabalhar fora do escritório. A principal razão para o aumento dessa tendência é o contexto que envolve o trabalho nos grandes centros urbanos e regiões metropolitanas. A poluição, o transporte público precário, os grandes congestionamentos, entre outros, contribuem para a queda da produtividade, que se renova quando o funcionário pode realizar suas atividades de casa ou de outro lugar mais agradável.
O RH e a mobilidade no trabalho
Com os colaboradores trabalhando fora da empresa e, sendo assim, não batendo cartão de ponto, o controle das horas gastas ou de seu rendimento deve ser revisto. Esse tipo de política envolve e muito o setor de Recursos humanos, tanto no que se refere à avaliação de desempenho das equipes quanto no pagamento dos salários. É preciso criar regras que deixem claro quais os requisitos que devem ser cumpridos para o trabalho fora do espaço físico da empresa.
Também existe um lado totalmente positivo dessa prática, que é a captação e retenção de talentos. Os processos seletivos, de certa forma, sempre se limitaram à região onde a empresa está inserida. Mas com a política de mobilidade no trabalho, abre-se um leque de opções que permite que uma empresa de São Paulo contrate um profissional do Ceará, se o considerar o mais adequado para a vaga.
A mobilidade ainda está longe de ser uma realidade efetiva no Brasil, mas essa é a tendência do futuro.
Carreira Muller | Construindo Sentidos